sexta-feira, 1 de julho de 2011

Minha História


Desde de criança eu sempre fui muito excluída pelas meninas que brincavam aqui na rua de casa, elas me deixavam no canto, sozinha, não queriam saber de mim.. Meus amigos sempre foram os meninos, com os meninos eu me sentia bem a vontade, eles me faziam se sentir querida. Tinha 8 anos na época eu acho, quando comecei a brincar de bola com os meninos na rua de casa e fui gostando do esporte, mas só jogava por diversão. Eu não jogava tão bem, sempre era só pra me divertir mesmo. 

 O tempo passou e eu ja tinha 10 anos, meu futebol tinha melhorado, e muito. Pessoas ja vinham me falar de que aquele esporte era uma coisa que eu fazia muito bem, mas eu nem ligava pois não era apaixonada pelo futebol, minha paixão mesmo era o vôlei. Eu pedi a minha mãe para me matricular na escolinha de vôlei, chegando lá, eu vi que naquele mesmo lugar tinha umas meninas jogando futsal e fui olhar. Bem atenta, fiquei olhando os dribles, os chutes, os passes e peguei gosto pela coisa. 
No mesmo dia eu disse a minha mãe que não queria mais jogar vôlei e ela respeitou o meu pedido pois ainda eu era muito pequena e ela respeitou a minha escolha. Chegando em casa, tinha uma monte de meninos jogando bola na rua, e fiquei prestando atenção em cada drible que eles davam pra depois eu poder repetir e tentar fazer igual e assim fui aprendendo os meus primeiros dribles. 

Com 12 anos eu ja jogava muito bem, tinha aprendido tudo na rua da minha casa olhando os meninos fazerem tudo e eu repetindo os mesmos dribles. Foi então que um homem teria visto eu jogando na rua me chama pra fazer um teste numa escolinha de futebol de campo, e eu fui e fiz o teste e com glória eu havia passado. Lá na escolinha eu era bem querida, aprendi muita coisa, ganhei velocidade e força. Havia decidido que era aquilo mesmo que eu queria pra minha vida. E foi dai que começou a fase dificil, por eu ja esta com meus 12 anos, virando uma mocinha, todo mundo exitava, falava que isso era coisa de menino, que não era pra uma menina jogar bola, e a principal pessoa que me dizia isso era a minha própria mãe.
 Aos poucos eu fui perdendo o apoio dela, a cada dia que passava escutava coisas absurdas, chorava escondida, tentava fingir que eu não era tudo aquilo o que a minha mãe me falava. Tentava buscar forças com os amigos que sempre diziam que era boa de bola pra ficar se preocupando com tudo aquilo.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Uma linda história de superação


Marta cresceu em Dois Riachos, cidade pobre com 11 mil habitantes do sertão de Alagoas que fica a 187km da capital Maceió. Os primeiros chutes aconteceram aos sete anos no leito seco de um dos rios da cidade. Debaixo de uma ponte, com traves de bambu e bola colada com borracha quente, a atacante desenvolveu o talento. O futebol era uma das poucas formas de diversão.
Aos nove anos, o negócio começou a ficar mais sério. Marta começou a jogar em um time de futsal da cidade. Culpa de um professor de educação física. Pouco depois, ela já estava vestindo a camisa do CSA de Dois Riachos. Filha de Dona Teresa, que por muitos anos foi zeladora da cidade, Marta ajudava como podia em casa. Vendia feijão em uma feira, picolé pela rua. E usava parte do lucro para comprar equipamentos esportivos.
Marta cursou até a 5ª série. Matava a aula para jogar bola. E acabou abandonando os estudos. A chance de começar a carreira veio em julho de 2000, quando resolveu sair de casa e viajou durante dois dias de ônibus até o Rio de Janeiro. O dinheiro da passagem veio com a ajuda do primo Roberto e de alguns amigos de Dois Riachos. Marta foi ficar na casa de um primo chamado Marcos para tentar um teste no Vasco. A primeira experiência foi frustrada. Ela foi até São Januário, mas o treino da equipe era na Ilha do Governador.
- Mas em nenhum momento pensei desistir. Tô aqui e não volto! - disse Marta.
Na segunda tentativa, Marta finalmente conseguiu fazer o teste e agradou tanto a técnica Helena Pacheco que foi morar nos alojamentos do Vasco em poucos dias.
- No início do teste estava nervosa e tímida. As outras garotas ficaram olhando para mim e querendo saber quem era aquela menina que falavam tanto e que veio de tão longe. Mas aos poucos fui me soltando e acabei aprovada. Fiquei morando em São Januário alguns meses - lembra Marta.
 É, a pequena garota timida, que tinha vindo de longe é hoje a melhor do mundo por cinco vezes consecutivas.
Uma história de superação pra todas aquelas que se baseiam nela.


Vamos dar Cartão Vermelho ao Preconceito


  Garotas Sonhadoras, preconceitos sem lógica. Até onde vamos deixar o preconceito acabar com o sonho de muitas? 


Conheço casos de meninas que começaram a jogar futebol muito cedo e tiveram que parar por causa do preconceito. Uma coisa que as pessoas vêem onde não existe nada. Meninas que são obrigadas a todos os dias escutarem as mesmas idiotices, ignorâncias de pessoas que não tem um minimo de inteligência, que ainda sim vivem no tempo das cavernas, num tempo em que os homens comandavam. Puro machismo, pois hoje o que vemos são garotas lindas dando show com uma bola no pé.
 Um caso que eu vi, é de uma amiga minha, proibida de jogar bola por medo da mãe. A mãe dela tinha medo de que ela virasse lésbica, o que na verdade não tem nada a ver. Só porque você joga bola e porque o futebol é um esporte que começou com os homens não quer dizer que você vai virar homem, ou então vai gostar de mulher. O que ainda não sabem é que o futebol é uma arte, arte de poucas e que muitas dão um verdadeiro show de habilidade e de raça, um esporte lindo que só algumas tem o privilégio de ter nascido com o dom, um dom verdadeiramente doado por Deus. 
 E pra muitas meninas o que eu tenho a dizer é não se deixem abater por intolerância, façam o que sabem de melhor sem deixar o preconceito derrubar. Ergam a cabeça, lutem pelo dom que lhe foi dado, creia naquele que te deu a vida pois é na fé que você tem nele que você vai chegar lá. Pois no nosso mundo existem dois caminhos e você é quem escolhe, escolha o do mais sábio, escolha o caminho de Deus que só assim você vence.


Vamos levantar o cartão vermelho contra o preconceito, porque menina também sabe dar show.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Futebol Feminino


  O Futebol Feminino está crescendo a cada dia que passa. Uma arte mundialmente conhecida, mas pouco favorecida. O que vemos ainda, é um preconceito da parte empresarial, pois poucos dão chance para o esporte, ainda mais o futebol feminino. Tem que haver um incentivo ao futebol, existem muitas meninas melhores até mesmo que muitos meninos, pois o futebol é uma arte para poucos, apesar de que muitas meninas o praticam. 
 Mas pensando direitinho não é qualquer menina que pega numa bola e sai dando show por ai, tem que ter o sangue de jogadora, tem que sentir a arte tocar o coração. E se tivessem uma ajuda financeira ou até mesmo de reconhecimento de sua arte, hoje não existiria só uma Marta, mas muitas que prometem ganhar esse " título"  também.